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 Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie

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gio666
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MensagemAssunto: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Qui Out 16, 2008 6:43 pm

Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Deb_and_bayl

O vocalista Blaze Bayley, cuja esposa, Debbie Hartland, faleceu no mês passado depois
de sofrer um derrame cerebral quando estava internada no hospital, deu
a seguinte declaração:
"Obrigado a todos pelo apoio durante este momento tão difícil.
Algumas
semanas antes de Debbie ter seu primeiro derrame cerebral, conversamos
sobre o que faríamos se alguma coisa acontecesse com o outro parceiro.
Não sei bem por que o assunto surgiu, talvez tenha algo a ver com a
perda do sobrinho dela, que se envolvera em um acidente de trânsito
fatal semanas antes.
'O que faço se alguma coisa acontecer com
você?', ela perguntou. Eu tinha esquecido de tomar alguns remédios para
a pressão, receitados por meu médico, e ela ficou brava comigo. De
forma argumentadora, eu disse 'E o que eu faço se alguma coisa
acontecer com você?' Consigo lembrar dela muito claramente, parando o
que estava fazendo, olhando pra mim e dizendo 'O que você faria se
alguma coisa acontecesse comigo?'
'Nada', eu disse. 'Eu
desistiria. Não há razão para viver se você não estiver comigo.' Ela
olhou para mim e sorriu, da forma como fazia quando sabia que, quando
eu dizia que a amava, era pra valer.
'Não', ela disse. 'Quero que você continue com sua música.'
Poucas semanas depois dessa conversa, Debbie estava em coma.
O
médico nos disse que esse derrame cerebral pode ter sido causado por
uma malformação arteriovenosa (MAV), algo que nós da família nunca
tínhamos ouvido falar antes. É uma anormalidade congênita no cérebro
que pode nunca te fazer mal ou pode acabar contigo.
Lembrei
daquela conversa rápida e casual que tivemos quando tive de tomar a
decisão de sair para fazer os shows que Debbie tinha agendado para mim
e a banda. Só conseguia pensar que ela tinha falado sério quando disse
'Quero que você continue.' Foi muito difícil ficar longe dela enquanto
estava tão doente. A primeira vez foi no dia seguinte ao ocorrido.
Debbie foi levada ao hospital em 6 de julho, um domingo. Na noite
anterior, estávamos todos no Twickenham com o IRON MAIDEN. O show foi
ótimo. O backstage tinha comida e bebida de graça. Encontrei muitas
pessoas que não via há anos e Debbie fez muitos amigos e contatos.
Falamos a todos que o álbum sairia na segunda-feira. Quando segunda
chegou, o mundo tinha mudado. Debbie estava em coma na UTI neurológica
do hospital em Birmingham.
Debbie tinha organizado uma sessão de
autógrafos para a banda no HMV em Birmingham às 5 da tarde. Neste
momento, apenas familiares próximos e a banda sabiam da situação. O
hospital ficava a 15 minutos do local da sessão. Debbie estava em
estado crítico, mas estável. Decidi tentar ir à sessão e voltar o
quanto antes.
Essa foi uma das coisas mais difíceis que tive que fazer.
A
próxima coisa que ela tinha planejado era uma viagem promocional à
Itália. Até o último minuto pensei em ir, mas na noite anterior não
tive escolha a não ser cancelar, porque Debbie tinha que passar por uma
cirurgia no cérebro e havia risco de ela não sobreviver. Contei a
Fulvio, meu amigo de muitos anos e empresário da banda CLAIRVOYANTS,
que tinha organizado a viagem, sobre a situação. Enquanto esperávamos
Debbie sair da cirurgia e, depois, da anestesia, eu e todos da família
ficamos acampados no hospital e estávamos nervosos. Às vezes, eu saía
para checar mensagens de texto e atualizar o resto da família sobre a
situação de Debbie. No domingo à tarde chegou uma mensagem de texto de
Fulvio na Itália: festival cancelado por causa de uma terrível
tempestade de trovões. Pensei: aquela viagem que Debbie e eu queríamos
tanto fazer não ia acontecer nunca.
Debbie passou por mais duas
cirurgias no cérebro e uma no estômago para um tubo de alimentação
especial chamado 'peg', mas nenhuma delas coincidiu com nenhum show que
ela tinha marcado para nós.

Então, saí do lado dela por poucos dias
para fazer os shows que ela tinha planejado. Quando eles acabavam,
consegui passar a maior parte do tempo com ela no hospital entre
visitas de parentes e amigos. Os caras da banda continuaram a fazer as
coisas e prosseguiram com o que havia sido planejado pela Debbie para a
turnê em 2009.
Cerca de uma semana depois da última cirurgia no
cérebro, a condição de Debbie parecia estar melhorando de forma lenta,
mas significativa. Os períodos de coma profundo sem resposta pareciam
um pouco menores e nas vezes em que ela parecia mais acordada, parecia
mais desperta do que quando o primeiro derrame aconteceu. Houve
momentos, segundos de consciência, mas eu sabia, podia ver que ela
estava tentando lutar para voltar para o mundo e para mim. O
fisioterapeuta e os terapeutas ocupacionais me mostraram todos os
exercícios que Debbie tinha de fazer para ter a melhor chance de manter
o movimento e a mobilidade nos membros e articulações para que, à
medida que melhorasse, ela teria mais movimentos e menos trabalho na
fisioterapia. Fiz os exercícios com ela todos os dias em que fiquei no
hospital. Imaginei-a voltando para casa, pensei em mudar a casa para
facilitar a circulação e pensei na turnê no ano que vem, esperando que
ela estivesse suficientemente bem para ir conosco no ônibus, e podíamos
fazer os exercícios e a terapia entre os shows. Senti que se alguém
pudesse voltar disso, era a Debbie.

Senti, acreditei que ela estava
voltando para mim. Os dias pareciam mais esperançosos.
Para mim,
cada dia em que ela estava viva era um dia em que eu era abençoado.
Todos os dias em que ela tinha melhoras mínimas eu comemorava. Chorei
lágrimas de alegria muitas vezes durante os exercícios. Ela não
conseguia falar ou abrir os olhos, e muitos dos movimentos que fazia
eram instintivos ou involuntários, mas também houve vezes em que os
movimentos eram uma resposta direta a um pedido. 'Mexa os dedos dos
pés, Deb', eu perguntava e ela conseguia mexer os dedos do pé direito.
'Aperte minha mão', e ela conseguia apertar com a mão direita. 'Abra a
mão', ela conseguia. 'Feche a mão', e ela conseguia. 'Balance a
cabeça', e o minúsculo movimento da cabeça me fazia chorar. Ela tinha
dificuldade no lado esquerdo porque ele parecia ter sido o mais
afetado. O fisioterapeuta chamou de lado fraco. Enquanto continuávamos
todos os dias para trabalhar no movimento, ela até conseguiu fazer um
movimento muito pequeno com o pé esquerdo. Era praticamente
nada, mas estava lá, e isso me fez derramar lágrimas de orgulho e
felicidade. Neste ponto, fiquei com ela todas as noites, em uma cadeira
ao lado da cama, observando para ver se ela não se machucava quando se
mexia na cama. Seu pé direito parecia buscar coisas que ela podia
sentir com os dedos. Com a mão direita ela às vezes tentava tirar o
tubo da traqueostomia. Outras vezes, ela tossia e engasgava e a
enfermeira vinha cuidar dela. Essas noites foram dolorosas e bonitas
para mim. Embora em circunstâncias terríveis, passei cada noite com
minha mulher. Por volta do meio-dia, a mãe, o pai ou a irmã da Deb ia
ficar com ela e eu ia para casa. Chequei meu e-mail e todos os dias
havia mensagens de apoio de fãs do mundo inteiro.

Conversava sobre
negócios da banda com Nick e Dave e, depois, tentava descansar um pouco
para passar a noite com Debbie.
Quando tudo parecia realmente
estar melhorando, Debbie sofreu um segundo derrame forte. Ela fez
exames no cérebro e foi levada para a UTI. Depois disso, achamos, ela
sofreu outra hemorragia pequena.

Apesar da realidade, recusei a
acreditar que não havia esperança de recuperação. Só que quando a
realidade é um médico excelente, que explicava detalhadamente a
verdadeira magnitude da condição da Debbie, e você está no consultório
com as pessoas com quem dividiu a esperança, lágrimas e o desespero
daqueles dias, olhando umas para as outras sem precisar dizer nada, não
é mais um caso de lutar para manter a esperança viva, não deixar que o
último fio de esperança seja cortado.

Só que enquanto aquela voz suave
e confiante diz as palavras que descrevem a condição do cérebro da
pessoa que você ama, a esperança acaba. Ela derrete. É algo tão
precioso, mas sem valor mundano, e é substituída de forma silenciosa e
cruel por um sentimento fatalista desesperado que entra na alma, agora
que não há mais esperança. Debbie lutou por mais duas noites.
Na manhã de 27 de setembro, às 10:05, ela morreu com sua mãe e eu a
abraçando e confortando enquanto ela começava sua viagem para a outra
vida, além deste mundo de dor e sofrimento. Neste momento, meu coração
partiu.
Eu vivia só por ela, porque ela disse semanas antes que
queria que eu continuasse. Então, decidi tentar participar do Metieval
Festival em Beverley, perto de Hull. Fiquei doente depois da morte de
Debbie e o médico me deu o que podia para tentar ajudar a manter minha
voz e manter sob controle o resfriado, infecção no peito ou vírus que
estava me abatendo. O show foi muito difícil e duvidei que minha voz
duraria até o fim. A última música da lista foi a música de Debbie,
'While You Were Gone'. De alguma forma o som no palco tinha melhorado e
minha voz ainda tinha um pouco de força, e consegui cantá-la para ela.
Foi a primeira vez que a tocamos ao vivo e não tê-la ali para escutar
foi, de novo, muito difícil.
O funeral foi na terça, o maior que
a minúscula igrejinha tinha visto nos últimos anos. Os organizadores do
funeral não tinham visto tantas flores para mais ninguém. Todos que ela
tinha conhecido ainda pareciam estar ligados a ela. Se tivessem sido
amigos, mesmo que por pouco tempo, eles ainda pareciam sentir uma
ligação anos depois.
Na sexta-feira houve um velório pequeno e
privado. As cinzas de Debbie foram colocadas em um local particular
onde nós que a amávamos podemos visitar.
Agradeço seu apoio,
amizade e lealdade neste momento. Acredito que nossa natureza é
revelada nos piores momentos. Minha banda têm apoiado a Debbie e a mim
constantemente. Meus fãs me fizeram ficar humilde com sua generosidade
de espírito, fidelidade e compreensão. Perdi o amor da minha vida,
perdi minha razão de viver. Mas, porque ela me pediu para continuar
vivendo e para continuar no caminho que ela trabalhou tanto para que eu
andasse, continuarei. Por ela e por vocês, todos vocês que acreditaram
que ela estava certa em ter fé em mim, continuarei. Por sua memória e
para honrá-la, continuarei".
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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Sex Out 17, 2008 6:04 am

força Blaze!!!!
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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Sex Out 17, 2008 6:13 am

pobre Blaze...esse cara passou por muita bomba na vida
força pra ele...
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thazi

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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Sex Out 17, 2008 2:42 pm

Força Blaze (2)
espero que ele continue firme e forte na vida dele.
para que deixe Deb orgulhosa não importa aonde ela esteje.
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Sider




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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Dom Out 19, 2008 1:16 am

pobre Debbie =\
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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Sáb Out 25, 2008 7:42 pm

Deve ta sendo muito ruim pra ele...mas certamente ele vai se recupera
=[
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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1Sáb Out 25, 2008 9:29 pm

esperamos que sim ^^
e vai voltar em janeiro pro brasil =D
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MensagemAssunto: Re: Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie   Primeira declaração de Blaze após morte de Debbie Icon_minitime1

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